Lisboa tem 25 mercados municipais e inúmeras feiras de rua.
A câmara municipal gere o Mercado de Campo de Ourique e o Mercado da Ribeira,
sendo os restantes de responsabilidade das respetivas Juntas de Freguesia.
As mais antigas feiras e de maior dimensão (Feira do Relógio, das Galinheiras e da Ladra) são também de gestão municipal.
O Mercado de Campo de Ourique foi inaugurado em 1934, sendo concedida a exploração ao seu construtor e herdeiros por um período de 40 anos. Isto porque, em 1926 – por iniciativa de Dionísio Nobre (industrial e morador de campo de Ourique) – é proposta a construção, no seu terreno, de um mercado de produtos alimentares definitivo e coberto, por se sentir necessidade de um equipamento de proximidade para servir a população do bairro.
O edifício foi projetado pelo arquiteto António Couto Martins, tendo passado para a gestão municipal em 1973. Na década de 80 foram realizadas obras de ampliação, remodelação e reparação (autoria dos arquitetos Daniel Santa Rita, Alberto Oliveira e Rosário Vernade).
A dinâmica económica da cidade alterou-se com o passar dos anos e, à semelhança do que acontece noutras capitais europeias, foi necessário encontrar uma solução que, mantendo a atividade de mercado tradicional, lhe desse uma nova vida. Foi assim que, em novembro de 2013, após remodelação e concessão de cerca de 50% da nave de hortofrutícolas, com uma área de 400m2, reabriu com novas funcionalidades, conciliando as tradicionais bancas de venda de produtos alimentares com áreas de restauração e bares.
O Mercado da Ribeira que hoje conhecemos, é o legítimo herdeiro do Mercado da Ribeira Velha que existiu junto à Casa dos Bicos, no Campo das Cebolas, que começou a funcionar em 1771 e onde se vendiam legumes, verduras e outros frescos.
O Mercado da Ribeira Velha mudou-se para junto do Terreiro do Paço e, mais tarde para a Ribeira Nova (atual 24 de julho) e foi a 1 de janeiro de 1882 que abriu o Mercado da Ribeira. Em 1902, um incêndio de grandes dimensões quase o destruiu por completo. Foram necessários quase 30 anos para que a sua reconstrução ficasse concluída.
Durante um largo período a Ribeira foi o verdadeiro mercado abastecedor de Lisboa, reunindo debaixo do mesmo teto, mas com localizações espaciais diferentes, os comerciantes grossistas e os retalhistas. Era a época dos tempos áureos da Ribeira que fervilhava de atividade todas as madrugadas.
Perdeu essa função no início do século XXI com a abertura do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, tendo passado a funcionar como mercado retalhista e onde, ainda hoje, trabalham comerciantes dos tempos em que a Ribeira era o maior mercado da cidade.
Em maio de 2014, através de um contrato de conceção, o emblemático edifício recebeu novas valências e hoje é ponto obrigatório de roteiro turístico. Para além de manter o tradicional mercado de produtos alimentares frescos, flores e pequenas lojas, sob gestão da CML, acolhe ainda o Espaço Time Out com mais de 40 pontos de restauração e bebidas que vão desde os originais croquetes de choco com tinta às propostas gastronómicas de vários Chefs e ainda conservas, vinhos engarrafados ou artigos de utilidade e/ou oferta. Em comum, o facto de todos representarem marcas e produtos portugueses. No piso 1 funciona ainda um espaço de utilização cultural, gastronómico, educacional e de lazer que inclui centro de exposições, restaurante, bar e cafetaria de excelência, espaços multimédia e de divulgação e promoção cultural, turística e lúdica.
A Feira do Relógio iniciou-se de forma espontânea na segunda metade da década de 70, na freguesia de Marvila, ao longo da Rua Pardal Monteiro e áreas limítrofes. Os feirantes eram produtores agrícolas que ali escoavam os seus produtos.
Hoje é uma das maiores feiras do País, realiza-se ao longo da Av. de Santo Condestável, da rotunda do “Pingo Doce” até à rotunda da Av. Marechal Gomes da Costa, tem 8 sectores (7 destinados à venda de produtos não alimentares e 1 destinado à venda de produtos alimentares), numa área de 12 mil m2 e conta com um total de 364 feirantes permanentes.
Também a Feira das Galinheiras começou por ser uma forma de escoar produtos agrícolas locais e alguns animais e realizava-se nas imediações do Mercado das Galinheiras, freguesias de Charneca e Ameixoeira. Em 2014, após as obras de preparação e infraestruturação de um terreno contíguo à escola Básica das Galinheiras, foi transferida para esta nova localização na rua da Maluda, na freguesia de Santa Clara, onde permanece até hoje, ocupando uma área de 3500 m2, com 60 feirantes permanentes.
Tal como a feira do Relógio, realiza-se todos os domingos, das 7h00 às 14h00.
Já a Feira da Ladra é considerada a mais antiga e tradicional da cidade de Lisboa, e remonta aos tempos Afonsinos. D. Afonso III manda, em 1273, que a feira se realize nas suas casas junto à Alcáçova. A feira instalou-se então na Costa do Castelo, num espaço que se veio a denominar “Chão da Feira”.
Tem, hoje, a particularidade de ter, para além dos habituais feirantes, uma componente lúdica de ponto de encontro de jovens, entre os 16 e os 25 anos, que ali podem vender objetos que já não usam ou as velharias da família.
Depois de ter passado por várias localizações, como o Castelo ou o Rossio, realiza-se todas as terças e sábados, das 9h00 às 18h00, no Campo de Santa Clara, em Lisboa.
Pelo seu papel de relevo no abastecimento da população e dinamização comercial bem como pela necessidade de organização e garantia de condições, a 10 de março de 2005 foi publicado o Regulamento Geral das Feiras do Concelho de Lisboa, em vigor até hoje.
Para participar de forma ocasional numa das Feiras Municipais de Lisboa (Feira da Ladra, Relógio ou Galinheiras), é necessário efetuar o agendamento prévio para uma Lojas de Atendimento (Baixa e Marvila) e, caso existam espaços de venda disponíveis, adquirir uma licença ocasional pelo período de 1 mês ou até 3 meses.
No caso da Feira da Ladra, para estudantes até aos 25 anos, poderá ser adquirida licença de 2 dias até 3 meses (mediante a apresentação de comprovativo de matrícula válido). Nesta feira existe também a possibilidade de adquirir licença ocasional extraordinária, limitadas a 2 por mês e no máximo de 4 por ano, apenas para venda de artigos usados.
No momento da aquisição da licença ocasional é necessária a apresentação do Cartão de Cidadão, ou Documento de Identificação e Cartão de Identificação Fiscal e efetuado o pagamento da respetiva taxa (artigos usados 1,75€/dia/m2, artesanato, produtos alimentares e produtos não alimentares 2,65€/dia/m2).
A participação ocasional nestas feiras destina-se à comercialização de produtos alimentares e não alimentares (Feiras do Relógio e Galinheiras) e à venda de artesanato ou artigos usados (Feira da Ladra).
Lojas de Atendimento:
Lojas Lisboa Baixa – Largo de São Julião, 8
Lojas Lisboa Marvila – Avenida do Santo Condestável, Lt 8 – Lj 34, (Loja Cidadão)
Mais informações e esclarecimentos:
808 203 232 / 218 170 552 (segunda a sábado, das 8h às 20h)
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